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sexta-feira, 11 de março de 2011

.:Formigas & Intervenções:.

Costumo inspirar-me nos arredores filos durante trajetórias alternativas, não tão opcionais quanto a possibilidade de usar um automóvel em tais situações (acho que vou comprar uma bicicleta). Numa dessas odisséias fui abordada por uma sociedade de formigas novaodessenses, ou imigrantes a procura de uma condição melhor de vida (por que os professores de geografia sempre utilizam esse termo??), e por um triz não piso em um indivíduo desses. Ao imaginar a possibilidade de ter concretizado tal homicídio, fiquei pesarosa e intrigada. Aquela fila desembestada, patinhas deslizando pela calçada, um típico pregão da bolsa prestes a sofrer uma taquicardia comunitária a ameaça catastrófica de um... PÉ!?

Tal situação despertou-me um sentimento de tristeza a priori: se minha pessoa consumasse a brutalidade, não seria por querer, mas por acidente; entretanto, impediria a continuidade da vida daquele ser e causaria uma desestruturação da sociedade das formigas, uma vez que cada uma aparenta ter uma função específica. Nesse mesmo instante tentei reproduzir essa situação aos seres humanos: um workaholic (procure no Google!) ou até mesmo uma pessoa focada ao extremo em qualquer outro afazer (comida, musculação, sexo, filhos, etc), o que aconteceria com ela se fosse “esmagada” por algo maior? Digo, não só a morte, mas uma força maior como uma perda ou um ganho? Ela continuaria focada naquilo? Trabalharia ininterruptamente como a formiga?

É aí que meu sentimento muda.

Acredito em duas intervenções (ou pelo menos vou tentar focar-me nessas): as ditas “boas” ou “ruins”, que no final acabam por ter um sentido semântico oposto ou original mesmo. Raciocine. Caso a formiga fosse esmaga pelo meu pé, as outras teriam trabalho extra pela falta da falecida. Parece algo ruim... Pegar no pesado, carregar folhas... Lamentar a perda... Não é nada fácil. Entretanto, se analisarmos por outro lado, os esforços desses insetos os fariam mais fortes e resistentes, a fim de enfrentar a seleção natural. E se um workaholic (procurou no Google?) fosse demitido por causa “justa”? Talvez ele torrasse todo aquele capital guardado em uma viagem rumo a tribos da floresta Amazônica ou passasse um período em templos budistas restaurando seu equilíbrio. Assim, tornar-se-ia um melhor pai, esposo, amigo, etc... Ou não.

Ainda não descobri a peça chave que ativa nossas escolhas... Na verdade, é bem medíocre relacionar o temo “peça” com o ser humano. Perdoem esse deslize. São só pensamentos que imaginavelmente guiam-nos por essa caminhada recheada com os mais diversos gostos.

Faltam-me palavras para finalizar esse texto, pois fui tomada por uma força maior (calma, não estou possuída). É como se tudo que pensei e elaborei fosse em vão, já que a vida não é exata, nem lógica. Isso sim seria um pensamento triste.

Até a próxima!